quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Resenha: “Disinformation” por Ion Pacepa e Prof. Ronald Rychlak.






“Disinformation” é a história da “Grande Mentira”. Contada na narrativa do mais patenteado desertor da KGB da história, o Tenente-General romeno Ion Pacepa, somos expostos à arte da desinformação e nos meios pelos quais esquerdistas e jihadistas, a partir da KGB, que foi edificada sobre métodos anteriores de enganação russos, veem usando com grande efeito para enganar ou explorar de outra forma o mundo e auxiliarem seus fins totalitários. Numa era na qual a desinformação agora surge organicamente, correndo solta na mídia e em ambientes acadêmicos ao redor do Ocidente sem a necessidade de que a União Soviética continue a propaga-la, essa é uma leitura vital para qualquer um preocupado com nossa cultura, economia, defesa e, em última análise, sobrevivência como nação.

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Desinformação não é apenas uma estratégia defunta da Guerra Fria. Ela se aplica rotineiramente na América no enquadramento de histórias pela grande mídia, campanhas de difamação contra candidatos e discursos feitos por líderes estrangeiros. “Disinformation” de Ion Pacepa e Ronald Rychlak apresenta a história por trás da estratégia, e como ela foi aperfeiçoada em algumas das mais desonestas mas efetivas campanhas de todos os tempos, incluindo a fomentação do antissemitismo islâmico no Oriente Médio no começo dos anos 1970, a difamação por muitas décadas do Papa Pio XII como “Papa de Hitler”, apesar de ter salvo a vida de milhares de judeus durante o Holocausto, e centenas de outros movimentos projetados para minar o mundo ocidental e favorecer os objetivos dos Comunistas. Com impecável clareza e anedotas que só poderiam ser fornecidas por alguém que tenha executados a estratégia do topo do sistema da KGB e praticado seus métodos, o Tenente-General Pacepa nos fornece uma história indispensável de como a União Soviética veio a empregar mais agentes de desinformação e propaganda do que espiões tradicionais ao redor do mundo durante o ápice da Guerra Fria. Essa estratégia foi elaborada para voltar o ocidente contra si mesmo e dominar seu espírito coletivo, com efeitos devastadores que são claramente evidentes hoje.

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Como membros do Tea Party, amantes da liberdade e tementes à Deus tornaram-se terroristas, incendiários e extremistas, enquanto a Irmandade Islâmica é tratada como um parceiro diplomático legítimo? Como Mitt Romney tornou-se um oligarca destruidor de empregos, enquanto Barack Obama é considerado o salvador da economia? Como partes consideráveis do mundo consideram Israel racista, um estado de Apartheid, enquanto a mídia boicota as perseguições e a escravidão de cristãos em andamento no resto do Oriente Médio?

“Disinformation” é a história de como essas mentiras tornaram-se verdade. É a história de como a União Soviética por séculos desenvolveu uma estratégia que poderia desarmar a racionalidade e o juízo do Ocidente e provou-se uma arma tão efetiva quanto bombas. É a estratégia que, no auge da Guerra Fria recebeu atenção, recursos e pessoal, desproporcionais da KGB em relação a outras operações de Inteligência. 

“Disinformation” é a história contada pelos olhos de Ion Mihai Pacepa, o Tenente-General romeno e o oficial de mais alta patente à desertar na historia das grandes operações de desinformação, e como a KGB buscou derrotar o ocidente, jogando seu povo contra seu próprio governo, contra a Igreja e contra os Judeus.

Contando com perspicácia e clareza penetrantes, Pacepa cobre as operações de desinformação da Guerra Fria da difamação por décadas do Papa Pio XII como “Papa de Hitler”, apesar de suas heroicas ações que salvaram a vida de milhares de judeus durante o Holocausto, à desinformação inerente ao próprio conceito de Glasnost, que para o Ocidente aparentou ser uma abertura da União Soviética às ideias ocidentais, mas na Rússia na verdade tratou-se de construir uma fachada pública para ganhar aceitação e reverencia entre o povo que ela buscava penetrar e derrotar.

A desinformação que Pacepa descreve não é somente relevante por proporcionar uma visão de uma tática “Alinskyana” que continua a ser usada efetivamente nos dias de hoje mas por explicar como a América e o Ocidente no geral tornou-se progressista.

Se você quiser entender a natureza antissemita e pró-islâmica da esquerda, você não precisa olhar além das sementes que foram plantadas nos anos 70 quando a KGB enfocou seus objetivos em deslegitimar Israel através de sua propaganda e apoiou a OLP (Organização de Libertação da Palestina) e outros contra as forças “Sionistas”.

Se você quiser entender a reação reflexiva Anti-Guerra do Iraque da esquerda, não é preciso olhar além da “Operação Ares” quando a União Soviética buscou fabricar uma resistência americana a Guerra do Vietnam, os filhos de tal movimento como John Kerry agora ocupando altas posições do governo americano.

Se você quiser entende como Rouhani pode ser chamado de “moderado”, e porque ele está trabalhando para atrair o ocidente, você pode olhar para os episódios históricos de Yasser Arafat, Gorbachev e Ceausceau que assumiram fachadas públicas similares enquanto enganavam o ocidente.
Para enfrentar um inimigo, é preciso entender sua natureza, seus objetivos e suas táticas. Ion Pacepa e Ronald Rychlak elaboraram um livro que proporciona uma visão sobre os três. Ele foca em detalhes dolorosos para mostrar a eficiência devastadora em particular das táticas de desinformação e difamação, como exemplificadas em operações que ainda são relevantes hoje. Em um mundo em que esquerdistas e jihadistas estão em marcha, a consciência da estratégia de desinformação nunca foi tão essencial para aqueles que buscam preservar e proteger a civilização Ocidental.


Fonte: Blaze Books

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O oficial de mais alta patente a desertar do Bloco Soviético: ‘A Rússia hoje é a primeira ditadura de um serviço de inteligência da História’



 
O presidente russo Vladimir Putin, ex-oficial da KGB. (Getty Images)



[Nota prévia do Tradutor: Os links presentes no texto são do original em inglês e remete às páginas que anteriormente destinavam. Ao longo da semana pretendo traduzir também as páginas linkadas mais importante, principalmente a entrevista completa do Tenente-General Pacepa e a resenha de seu novo livro. Aguardem.]


Para aqueles que pensam que as cerimônias de abertura em Sochi foram apenas um aceno ao passado comunista totalitário da Rússia, reflitam novamente.

De acordo com o Tenente-General romeno Ion Pacepa, o oficial de inteligência de mais alta patente à desertar do bloco Soviético, “A Rússia hoje vive a primeira ditadura de um serviço secreto de inteligência na história”.

E mais:

“A própria noção de que a União Soviética foi derrotada é, ela mesma, desinformação. A União Soviética mudou seu nome, abandonou a fachada de Marxismo, mas continuou a mesma samoderzhaviye, a histórica forma russa de autocracia na qual o Czar governava o país com auxílio da sua polícia política... Durante a União Soviética, a KGB era um estado dentro de um estado. Agora a KGB é o estado.”

Pacepa fez os comentários durante uma longa e explosiva entrevista para a Blaze Books, conduzida por e-mail, sobre o último livro do ex-oficial romeno de inteligência: “Desinformation” (Desinformação, em tradução livre. Confira aqui a resenha em inglês), revelando como a União Soviética empregava a estratégia para minar a liberdade, atacar a religião e promover o terrorismo ao redor do mundo.

O Ten. Gen. Pacepa prossegue em argumentar que os oficiais de Inteligência efetivamente controlam a Rússia, destacando: “Mais de 6,000 ex-oficiais da KGB governam a Rússica em governos locais e no governo Federal. A União Soviética tinha um oficial da KGB para cada 428 cidadãos. Em 2004, a Rússia contava com um oficial da FSB para cada 297 cidadãos”.

Enquanto outros já tenham dito coisas semelhantes no passado, alguns pagando com suas vidas, tal observação vindo de um homem da envergadura de Pacepa faz-se notar em meio a Jogos Olímpicos destinados a refletir o ressurgimento da Rússia após a queda da União Soviética, no qual a NBC tem sido criticada por sua cobertura sem julgamento do passado do país.
 
Pacepa, que é também autor do livro de 1990, “Red Horizons” (Horizontes Vermelhos, em tradução livre), expondo a corrupção e a violência do regime do presidente romeno Nicolae Ceausescu, desertou para os Estados Unidos em 1978 e recebeu asilo político do presidente Jimmy Carter. Ele possui uma ameaça de morte sobre sua cabeça desde então, e vive escondido, enquanto continua escrevendosobre a Rússia e o socialismo em geral.

Confiram a entrevista completa com o Ten. Gen. Pacepa, no qual ele discute tópicos que vão da relação da KGB com o Antissemitismo e com o terrorismo islãmico, a campanha para reafirmar o Papa Pio XII como “O papa de Hitler”, as impressões de Pacepa sobre o Presidente Barack Obama, suas opiniões sobre o envolvimento da Russia com o atentado à bomba em Boston e muito mais.


Fonte:  The Blake (em Inglês)