quarta-feira, 16 de abril de 2014

"É hora de por um fim à histeria sobre a ‘cultura do estupro’", diz Organização de combate a violência sexual.


  


Passada boa parte da comoção facebookiana em relação à pesquisa/boi-de-piranha da IPEA, que desviou a atenção dos esclarecidíssimos 'prafrentistas' de um caso de corrupção estrutural na Petrobrás e obrigou homens a esclarecer que não, nós não apoiamos o estupro de mulher nenhuma, eis que descubro que o timing desses papagaios de pirata das organizações internacionais, que aqui no Brasil atendem pelo nome de 'movimentos sociais', anda mais afiado do que eu imaginada. Reproduzo abaixo artigo do mês passado, publicado na Time.

_________________________________________________________________________________

É hora de por um fim à histeria sobre a ‘cultura do estupro’

por Caroline Kitchens*


A maior e mais influente organização de combate à violência sexual dos EUA está rejeitando a ideia de que a cultura – ao invés das ações de indivíduos – é responsável pelos estupros. 

‘Estupro é tão americano quanto a torta de maça’, diz a blogueira Jessica Valenti. Ela e suas companheiras de luta descrevem nossa sociedade como uma ‘cultura do estupro’, onde violência contra mulheres é tão normal, que chega a ser quase invisível. Filmes, revistas, moda, livros, musica, humor, até a Barbie – de acordo com as ativistas – cooperam para transmitir a mensagem de que mulheres são para ser usadas, abusadas e exploradas. Recentemente, a teoria da cultura do estupro migrou dos cantos solitários da blogosfera feminista para o mainstream. Em Janeiro, a Casa Branca afirmou que precisamos combater o estupro universitário ‘[modificando] a cultura de passividade e tolerância neste país, que muitas vezes permite que esse tipo de violência persista’. 

Tolerância pelo estupro? Estupro é um crime hediondo, e estupradores são execrados. Nós temos leis rígidas que os americanos querem ver aplicadas. Embora o estupro seja de fato um problema sério, não há evidência de que seja considerado uma norma cultural. A América do século XXI não possui uma cultura do estupro; o que nós temos é um lobby fora do controle conduzindo o público e nossos líderes educacionais e políticos para o caminho errado. A teoria da cultura do estupro está fazendo muito pouco para ajudar as vítimas, mas o seu poder de envenenar as mentes de jovens mulheres e conduzir à ambientes hostis para homens inocentes é imenso.

Em universidades, a obsessão por eliminar a ‘cultura do estupro’ nos conduziu a censura e a histeria. Na Universidade de Boston, estudantes lançaram um abaixo-assinado exigindo o cancelamento de um show de Robin Thicke por que a letra da sua música ‘Blurred Lines’ supostamente celebrava ‘o patriarcado sistêmico e a opressão sexual’ (A letra pode não seja lá muito agradável para muitas mulheres, mas letras de músicas não transformam homens em estupradores. Ainda assim, ridiculamente, a música já foi banida de mais de 20 universidades britânicas). Ativistas em Wellesley recentemente exigiram que administradores removessem uma estátua de um homem sonâmbulo: a imagem de um homem seminu poderia ‘despertar’ memórias de um ataque às vítimas. Enquanto isso, um número maior de jovens são acusados de estupro, têm seus nomes publicados e são trazidos diante de um júri universitário informado pela ‘cultura do estupro’. Em tais tribunais, devido processo legal é praticamente inexistente: acusado logo culpado. 

Os teóricos da 'cultura do estupro' repudiam críticos que levantam exemplos de historia e falsas acusações como ‘negadores’ ou ‘apologistas’ do estupro.  Sequer sugerir que as falsas acusações ocorrem, de acordo com os ativistas, significa ‘culpar a vítima’. Mas agora, esses ‘culturalistas’ estão enfrentando uma crítica formidável que mesmo eles verão ser difícil de encarar.

RAINN (Rede Nacional do Estupro, Abuso e Incesto, na sigla em inglês) é a maior e mais influente organização de combate à violência sexual. É a voz de liderança na defesa às vítimas de crimes sexuais. De fato, ativistas da cultura do estupro rotineiramente citam a autoridade do RAINN para fundamentar seus argumentos.  Mas nas suas recentes recomendações à Força Tarefa da Casa Branca para a Proteção de Estudantes contra Atentados Sexuais, a organização repudiou a retórica do movimento anti-‘cultura do estupro’:

‘Nos últimos anos, vem ocorrendo uma tendência infeliz de culpar a ‘cultura do estupro’ pelo extenso problema de violência sexual em universidades. Embora seja útil apontar as barreiras sistêmicas para que se lide com o problema, é importante não perdermos de vista um simples fato: Estupro não é causado por fatores culturais mas por decisões conscientes, de uma pequena porcentagem da comunidade, de cometer um crime violento’.

RAINN exorta a Casa Branca para que ‘permaneça  focada na verdadeira causa do problema’ e sugere uma abordagem tripartite para combater o problema: capacitar membros da comunidade a intervir em situações, usar ‘mensagens de redução de risco’ para encoragar estudantes à elevar sua segurança pessoal e promover educação clara sobre ‘consentimento’.  Ela também afirma que nós devemos tratar o estupro como o crime sério que é, dando poder à força policial trainada ao invés dos corpos judiciais internos das universidades.

RAINN é especialmente crítica com relação à ideia de que precisamos focar em ensinar homens a não estuprar – a marca o ativismo anti-‘cultura do estupro’. Uma vez que nossa cultura tolera e normaliza o estupro, dizem os ativistas, nos podemos por fim à epidemia de violência sexual apenas ensinando meninos à não estuprar.

Ninguém negaria que devemos ensinar meninos a respeitar mulheres. Mas, em geral, isso já está acontecendo. Por volta da idade em que homens chegam à faculdade, explica RAINN, ‘a maioria dos estudantes foi exposta a 18 anos de mensagens preventivas, de uma forma ou de outra’. A vasta maioria dos homens absorve essas mensagens e vê o estupro como o crime hediondo que é. Logo, esforços para combater o estupro devem se focar na pequena porcentagem da população que ‘provou-se imune às mensagens preventivas’. Elas não devem vilificar o homem comum.

Ao culpar a chamada ‘cultura do estupro’, nós implicamos todos os homens numa atrocidade social, trivializamos a experiência das sobreviventes e desviamos a culpa dos estuprados que são os reais culpados pela violência sexual. RAINN explica que a tendência em focar na cultura do estupro ‘tem o efeito paradoxal de dificultar o combate à violência sexual, já que remove o foco do indivíduo faltoso e aparentemente mitiga a responsabilidade pessoal por suas próprias ações’. 


Pânico moral sobre uma ‘cultura do estupro’ não ajuda ninguém – muito menos as sobreviventes de ataques sexuais. Líderes universitários, grupos de mulheres e a Casa Branca tem uma escolha. Eles podem se por ao lado da polícia de pensamento da blogosfera feminista que está declarando guerra a Robin Thicke, a Edição de Trajes de banho da Sports Ilustrated, estátuas masculinas e a Barbie. Ou podem dar ao ouvidos ao conselho são da RAINN.



* Caroline Kitchens é pesquisadora assistente do American Enterprise Institute.


terça-feira, 15 de abril de 2014

Jean Wyllys, inimigo dos que têm fé?

Jean Wyllys é ex-BBB e Deputado Federal pelo PSOL desde 2010

Por Vanderlei de Lima*



Está em tramitação na Câmara dos Deputados o Plano Nacional de Educação (PNE), cujo ponto nevrálgico é a chamada “ideologia de gênero”.
Esta, em síntese, pretende impor às crianças e adolescentes de nossa rede escolar o seguinte ensinamento: ninguém nasce, naturalmente, homem ou mulher, mas, vem ao mundo como um andrógino que, com o tempo, escolherá – segundo uma cartilha do Estado impostor – o que deseja ser (homem, mulher ou neutro, nem um nem outro).
Não é preciso dizer que essa imposição encontrou forte resistência na opinião pública brasileira e vem causando, na Câmara, acalorados debates. O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), por exemplo, além de defender firmemente a “ideologia de gênero”, ataca os que discordam dessa aberração como se os “argumentos religiosos”, de que, algumas vezes, nos valemos, fosse um crime grave.
Diz ele, textualmente, que “O Brasil é um Estado laico, um Estado democrático de direito, uma República. Portanto, argumentos religiosos não deveriam ser trazidos para um debate sobre o Plano Nacional de Educação. Esse é o primeiro ponto.”
Outro ponto: “É fundamental que isso [ideologia de gênero] permaneça, porque a própria Constituição Federal diz que é objetivo da República promover o bem de todos, sem discriminação de origem, raça, sexo e quaisquer outras formas de discriminação.”
Reproduzido isto, examinemos, de modo geral, os argumentos propostos pelo deputado carioca que parece desconhecer a realidade do Brasil verdadeiro.
Argumentos religiosos. – O parlamentar quer negar voz à imensa maioria religiosa deste país em um debate que muito interessa a todas as famílias brasileiras e à sociedade em geral? Mais: Fora da religião, mas apenas na linguagem dos números, pesariam antes os 13.016 (0,2%) votos válidos que elegeram Wyllys, graças a outro deputado bem votado de seu partido, ou os cerca de 45.000 brasileiros que já assinaram a petição online no CitizenGo contra a inserção dessa ideologia na educação?
Se Wyllys jogasse limpo, entenderia ser um Estado laico aquele que, embora não professe nenhuma crença religiosa, protege, de modo harmonioso, a liberdade de consciência, de crenças e de pensamentos diversos. Contudo, o que se vê, atualmente, no Brasil, é predomínio do Estado laicista, ou seja, negador da existência de Deus e, consequentemente, da religião. Nele, uma minoria intolerante tenta impor à maioria sua forma de pensar contrária a Deus e à Lei Natural Moral, marca do Criador na criatura.
Uma República. – Para o deputado República é sinônimo de liberdade e respeito. Na teoria, a origem da palavra, no Latim, é res publica, ou seja, coisa de todos. Na realidade, porém, ele se equivoca em dois pontos, uma vez que nem toda República é (ou foi) democrática. Lembremo-nos da Rússia cujo conjunto de Repúblicas era comunista e fortemente repressora, assim como a República Popular da China o é. Também aqui no Brasil a República não seria democrática – se levarmos a sério o que o próprio Wyllys diz –, pois ele quer, de modo ditatorial ou ao menos autoritário, calar os segmentos religiosos do país.
A Constituição quer o bem de todos sem discriminação de qualquer natureza.  – Eis outra contradição do deputado, pois se a Carta Magna é para promover o bem de todos, indistintamente, por que os que têm fé não deveriam ser ouvidos? Não diz a mesma Constituição que neste país há liberdade de consciência e de culto em seu artigo 5º incisos VI e VIII. Ou a Wyllys também se aplica a declaração de Dom Antônio Augusto D. Duarte, Bispo-auxiliar do Rio de Janeiro, feita, recentemente, a respeito de outro parlamentar: “Esse deputado, certamente laico, mas ‘em exercício do seu sacerdócio sagrado’ e rendendo tributo à ‘religião’ ensinada pelos ideólogos da cultura de gênero, quer impor, na educação da infância e da juventude brasileira, o culto ao deus da ‘construção culturalmente livre’ do sexo das crianças e dos jovens do nosso país (...) são os ‘novos sacerdotes’ do Estado laicista” (Educação ou ideologias? Testemunho de fé, 23-29/03/14, p. 18)?
Ora, esse Estado laicista e intolerante é, na verdade, propagador de uma “religião antinatural” defendida por uma minoria barulhenta que, certamente, não conhece o autêntico Brasil, país valorizador dos verdadeiros valores religiosos.


*Vanderlei de Lima é filósofo e escritor.


 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Secretário de Imprensa do Presidente Obama decora casa com Arte Soviética





A revista Washintonian trouxe esse mês um perfil bastante elogioso da família de Jay Carney, secretário de imprensa do Governo de Barack Obama.

Na notícia você acha de tudo o que menos interessa a respeito do indivíduo que comanda o front público da administração do presidente democrata. Desde o valor da sua gravata ($135) até o grau de parentesco do seu cão com o cachorro presidencial (são primos, vejam vocês!).

Observadores atentos, entretanto, notaram que o democrata parece escolher com um gosto peculiar a sua decoração: Ao fundo da foto acima mostrando a esposa de Carney, a correspondente da ABC news Claire Shipman, e seus dois filhos, pode-se ver claramente dois quadros expondo uma típica propaganda do regime de Moscou na Era Soviética.  Os quadros (quer sejam originais ou reproduções) certamente permitem especulações a respeito das inclinações de um membro-chave da administração de um presidente americano. Ele próprio acusado, inúmeras vezes, de ser socialista.

‘Isso é claramente de um extremo mal gosto principalmente frente ao pano de fundo das crescentes intimidações da Rússia contra a Ucrânia’, comentou Nile Gardner, presidente do Margaret Thatcher for Freedom da Heritage Foundation.

Clarie Shipman serviu como correspondente da CNN em Moscou no início da sua carreira. Cobrindo, desde outros acontecimentos, o ataque de Boris Yeltsin ao Parlamento Russo em 1993.

As informações são do Heritage e The Week.